«Quem por truculências do acaso, leia algum dos meus livros, não encontrará neles uma contradição, mas várias: não um tom, mas muitos; não uma linha, mas vários círculos. Por isso não creio que os meus romances se possam ler como uma história de acontecimentos concatenados, mas sim como uma ondulação que se expande, volta, engrossa, regressa, mais ténue, mais exacerbada, incessante, no meio de situações tão extremas que de tão intoleráveis se tornam às vezes libertadoras.»
Reinaldo Arenas, no prefácio de 1980 para O Mundo Alucinante, recém-reeditado pela Dom Quixote